Chega
de ser da noite e ser do dia. Chega de ser do frio e do calor, da maldade e da
bondade. Chega de ser entregue à mediocridade. Chega! Existe um ponto de
equilíbrio como o eixo que planta os pés do homem, mas não se pode estar na
corda bamba e esperar pela própria queda. Equilibrar-se na auto-suficiência já
é decidir-se cair. É preciso sair do equilíbrio. Necessário optar por algum
extremo. A escolha é direito comum e define o caráter, segue uma direção,
separa os pólos da mente, do corpo, do coração. Ninguém deseja desmoronar-se em
frustração. Não se opõe à direção que lhe tira do quase caído enquanto ainda
tem vez. Ou a luz está acesa ou está apagada. A comida está fria ou quente,
doce ou salgada. Ou o ser é anjo ou é demônio. Ou o homem é bom ou é mau. E se
tenta se equilibrar já se perdeu na vida morna, para o qual não foi criado. Ou
é um novo homem a cada dia, ou se desgasta na mesquinharia. A escolha deve ser
feita em tempo oportuno. Esse tempo que é agora mesmo. O caráter só é revelado
quando se decide ser alguém. É preciso escolher entre o antigo e o novo homem.
Decidir-se renovar ou se perder. Saia da corda bamba. Desça do muro. Seja quem
nasceu para ser. Escolha um lado qualquer e lide com as conseqüências, mas
chega de se equilibrar e ser a platéia do próprio declínio!
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